Barra de Cunhau - RN (Por Jovino Costa)

Aventureiros do Pedal em Barra de Cunhaú – 15 Nov 2012

Feche os olhos e imagine um rio desaguando numa praia. A imagem que veio à sua cabeça foi

paradisíaca e maravilhosa? Sua mente estava certa, essa é Barra do Cunhaú. A primeira impressão

de quem chega aqui é de estar diante de uma enorme lagoa de água doce, em vez do Oceano

Atlântico. Agora imaginem isso vindo de BIKES de João Pessoa....

Pois foi exatamente isso que aconteceu em mais um pedal, realizado pelos Aventureiros do Pedal no dia da

Proclamação da República do Brasil.

Este era um antigo sonho do nosso querido o amigo Bráulio, para bem dizer continua sendo, pois o mesmo

ficou impossibilitado de nos acompanhar.

(Teve que retornar a João Pessoa para cuidar da saúde de sua queridíssima esposa)

Iniciamos o pedal fazendo a travessia do Rio Paraíba na balsa das seis de onde desfrutamos, mais uma vez, as belas

paisagens de Porto de Cabedelo e Praia de Costinha.

Continuamos então pela PB 025 estrada que liga Costinha a praia de Lucena e BR 101.

Seguindo então o tradicional caminho com destino a Praia de Campina fizemos nossa primeira parada para o

reabastecer nossas mochilas e camelback  no conhecidíssimo “Carrefour”.

Após breve repouso, nos despedimos do amigo Bráulio e retomamos nosso pedal agora com destino a Baia da Traição.

Naquela cidade chegamos por volta de onze e meia.

Fizemos nossa segunda parada no Bar da Ângela de fronte da praça. Atochamos gelo na camelback e, após breve

descanço, estávamos prontos pra segunda etapa do pedal (Baia da Traição/Pb – Fazendinha/RN).

A partir daí começou o maior desafio, pois esse trecho é conhecido por deixar um monte de “pregados” pelo caminho.

Muita areia, um sol de rachar cuca, subidas e descidas incríveis e ausência de botequins ou quitandas para uma

geladinha.  Após algumas pedaladas chegamos às margens do Rio Mamanguape onde barqueiros ansiosos nos

esperavam.  Embarcamos juntos com nossas preciosas e lá fomos nós ao sabor da brisa.

Um rápido cruzeiro e um breve descanso para nossos corpos sedentos de água (mentira de cervejas)...

Logo em seguida a nossa primeira travessia, nos deparamos com a primeira parada obrigatória. Pneu furou e logo foi

trocada a camera e seguimos rumo a cunhaú, nossos pensamentos estavam focados nas águas claras que nos

esperava, principalmente na cervejinha gelada e no peixe frito....

No decorrer do nosso caminho, encontramos algo bantante curioso e que me chamou a atenção, tratava-se de uma 

segundo informções local de uma "armadilha para as cabras". Apenas um fio.

Como não havia tempo para entnedermos como aquilo fuincionava, deixei para o próximo pedal no qual esperamos

que Henrique e Braulio possam participar e com certeza o mesmo irá tirar esta dúvida...

Horas depois, enfrentando um calor abrasador,  estávamos à beira de um “colapso solar” kkkkkkk... a expectativa de

um banho parecia improvável até que chegamos a um pequeno riacho, onde algumas "caboclas azeitonadas" e

bem dotadas que se refrescavam.

Fui o primeiro a entrar, e lógico, pedindo licença. Até imaginei que a água estivesse quente. Surpresa! Sob um sol

escaldante as águas cristalinas daquele riacho para o nosso regozijo estavam geladíssimas. Meia hora de banho foi

suficiente para recuperamos o ânimo e montar nossas bikes.

Ai pelas duas da tarde quando já sentíamos fugir a sensação refrescante do banho surge novo horizonte. Mais um rio,

desta feita, largo, brilhante e calmo como os braços úmidos e macios d’uma sereia!

E novamente, sem nenhum acanhamento, mergulhamos em suas águas frias e correntes. E ali demoramos um pouco

mais.  Infelizmente para o casal de namorados, que sob as sombras de uma oliveira, trocavam juras de amor eterno!

Tiveram que esperar pra continuar. kkk...

Por volta das duas e meia da tarde com a temperatura em declínio continuamos. Agora começávamos a contemplar a

beleza que se desenhava às margens do estradão.

Uma bela alameda formada por eucaliptos parecia nos dar boas vindas. 

O cansaço toma conta de nossos corpos ao entrarmos nesta alameda e num repente as flolhas das arvores sussuraram que

até onde nossoa corpos aguentam somos pessoas normais, a partir dai somos ciclistas.... 

A localidade conhecida dos Aventureiros do Pedal como “fazendinha” confesso que nem vi...

Só me dei conta quando chegamos à porteira da Fazenda, e após alguns minutos alcançar as balsas para fazer a 

travessia da barra.  No point da balsa, enquanto aguardávamos a hora do embarque, uma geladinha água de côco ou

uma latinha pra relaxar.

 Aproveitando o embalo do barco no remanso das águas frias do rio Cunhaú apreciamos a paisagem quando o sol já

iniciava descambar para o ocaso. Logo a frente o nosso tão sonhado destino nos aguardava.....

Finalmente aportamos em Barra de Cunhaú,  um lugar repleto de belezas naturais, praias paradisiacas que escode

em sua história uma grande trajedia "O MORTICÍNIO NA CAPELA DE CUNHAÚ".

Em 16 de julho de 1645, o Pe. André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por mais

de 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis participavam da missa dominical, na Capela

de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, que deu nome ao local.

Após um bom banho de chuveiropara trar o suor e areia agregada aos nossos corpos, caimos na piscina e  em

seguida nos deparamos com uma saborosa e apetitosa macarronada.

Mas tivemos que ser rápido porque lá entre nós havia um Glutão, trata-se do nosso amigo Iságoras, que até então

desconhecíamos essa sua característica.

Os Aventureiros do Pedal compartilha, com você amigo Bráulio, esses momentos emocionantes, prometendo refazer o

pedal Barra de Cunhaú, para que possa desfrutar das belezas, esforços, banhos e alegrias que o ciclismo nos

proporciona e desta vez na companhia do nosso amigo e fotografo dançarino e demais Aventureiros.

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Por Jovino Costa